Ontem 21 de junho, completou 7 anos da morte de Leonel Brizola. Em minha humilde opinião, um dos maiores políticos deste Brasil. Nascido em Carazinho, no dia 22 de janeiro de 1922, Brizola foi Prefeito de POA, deputado estadual, deputado federal, e o único político do país a governar dois estados, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro, este último por duas vezes.

Brizola faleceu aos 82 anos, mas deixou muita história pra contar. Uma história fantástica é a chamada Campanha da Legalidade. Vejamos a foto abaixo:

Leonel Brizola

Leonel Brizola

Apesar de Brizola sempre comentar que não gostava desta foto, acho fantástica, não pelo fato, mas pelo registro da foto: o então Governador do RS com uma metralhadora em punhos, em defesa da legalidade no país.

Mas o que é a tal Legalidade?

Corre o ano de 1960, Jânio Quadros é eleito Presidente do Brasil. Na época, as eleições para presidente e vice não eram vinculadas, e sim em eleições separadas. Devido ao fato, foi eleito vice-presidente, o gaúcho João Goulart, mais conhecido por Jango. Gourlart havia sido ministro na época de Getúlio Vargas e vice-presidente no exercício anterior, de Juscelino Kubitschek. Jango era defensor da classe trabalhadora, à esquerda da época, o que causava calafrios para os defensores da direita, no caso, comparsas do presidente Jânio Quadros.

Pois bem, para encurtar a história, em abril de 1961, Jânio Quadros renuncia ao cargo de Presidente da República. Com isto, a peleia estava armada, pois os militares não queriam que Jango assumisse a Presidência.

Leonel Brizola, governador do RS, inicia um movimento de resistência, pregando a legalidade, ou seja, a posse de João Goulart.

Brizola então, se entrincheirou no Palácio Piratini, e do porão, transmitia programas de rádio, mobilizando a Brigada Militar e a população, distribuindo armas para resistirem aos atos.

Os militares chegaram a programar ataques de avião ao Palácio Piratini, para matar Brizola e todos que se opunham aos decisões do exército. O ataque foi sabotado por militares da base aérea de Canoas que não concordavam com a decisão.

Para contornar a situação, o regime de governo no país foi alterado para parlamentarismo, e João Goulart assumiu como chefe de estado, tomando posse do cargo de Presidente da República.

No ano de 1965, os militares depõem Jango do poder, instalando a ditadura militar no país, mas isso fica para uma outra história.

Em 1965, Jango e Brizola vão para o Exílio no Uruguai. Após um período no País vizinho, Brizola também mora um tempo nos EUA e em Lisboa, retornando ao Brasil no final da década de 70, para tornar-se governador do Rio de Janeiro em 1982, eleição que ganhou com mais de 70% dos votos.

Para terminar esse post, deixo uma foto de Leonel Brizola, durante exílio no Uruguai. Abração a todos!

Leonel Brizola durante exílio no Uruguai